sábado, 4 de junho de 2011

CONTEXTO SPEKTRE

Santuário de criaturas que se movem pelos canais nocturnos da sensualidade a SPECTRE, como originalmente foi denominada, surgiu pela mão de Ian Fleming. Organização criminosa arqui inimiga do equilíbrio mundial, cujo objectivo era submeter os grandes países às suas maquiavélicas determinações, constituia o alvo principal das missões de James Bond, imortalizado como 007.

No contexto deste espaço e dos eventos que iremos desenhar e produzir, tendo por meio de inspiração a subversão, a perversidade, a devassidão e a volúpia, pretendemos desenvolver uma forma de convívio adulto, sofisticado, culto e liberal onde o participante, e convidado, actua como um elemento activo á margem das convenções sociais no domínio da sedução,  do erotismo e da cultura

O erotismo como meio de auto conhecimento desempenham na nossa perspectiva um papel fundamental quer este seja praticado individualmente, na intimidade do casal, entre casais ou pessoas do mesmo sexo e ainda numa perspectiva mais ampla, ou seja, em grupos.

Não pretendemos que a SPEKTRE, Sedução Profundidade, Entrega, Konsumação, Tentação, Realização e Erotismo, se assuma como uma iniciativa com fins comerciais mas sim e somente como uma forma de expressão cultural, artística e sexual muito embora de momento seja inevitável a contribuição de patrocinadores, patronos e convidados que se revêm na organização, orientação, opções criativas e ideias desenvolvidas.

Eventos liberais, encontros temáticos, performances artísticas, criações originais, debates e exposições serão o fundamento dos nossas metas e da nossa Organização.

Convidamos assim todos os interessados a utilizarem os nossos endereços partilhando connosco as suas percepções, ambições e devaneios que iremos retribuir com a abertura da nossa imaginação e assim procurarmos viver esta "utopia" que embora possa culminar na partilha de momentos de extrema intimidade e entrega é especialmente a celebração da liberdade individual e do erotismo liberal.

E para celebrar esta mesma vontade iremos produzir um primeiro evento denominado "Evento Lunar" que terá como foco a sublevação das fantasias lunares dos participantes, a saudável e responsável convivência dos convidados e a apresentação da nossa visão Meta-Erótica.

Cordiais Saudações e sejam benvindos,

Dr. Jvlius No



terça-feira, 19 de abril de 2011

EVENTO LUNAR

A Lua, esse satélite libidinoso que observa a mãe Terra e lança sobre ela o odor húmido das amantes. Será este o tema do Evento Lunar. Concebido e planeado para o prazer ilimitado de todos os convidados será produzido num espaço centenário onde foram preparados os elementos de fundo para uma noite de intensa vivência lunar, liberal e erótica. 69 convidados serão recebidos no local pelos Espektros da nossa Organização que estarão trajados em consonância com o tema e os participantes.






- JANTAR -


Ementa:

Tema Gastronómico: JARDINS SUSPENSOS

Cocktail de RECEPÇÃO

Morangos com Champanhe



ENTRADAS

Salada de Endívias com Queijo e Nozes

ou

Espargos com Maionese



PRATO DE PEIXE

Tamboril Exótico com Ananás e Sultanas





PRATO DE CARNE

"Roast Beef" com Legumes e Arroz Árabe


SOBREMESA

Banana Split
 ou
Salada de Frutos Tropicais



 -
Vinho Branco e Tinto da Região Alentejana
  
ESPECTÁCULOS:



- STREEP de MIANA MUSASHI -


Musashi é um apelido venerado no Japão actual mas trata-se de alguém que nasceu no século XVI e que se encontra profundamente associado ao passado feudal do país do Sol Nascente. Iniciou a sua vida adulta como um atento estudioso de esgrima através da qual se notabilizou por todo o arquipélago nipónico. Criou a escola Niten Ichi Ryu, um estilo de luta com duas espadas com o qual venceu todos os adversários.

Não tendo oponentes ao nível da sua mestria isolou-se nas montanhas onde viveu até morrer deixando apenas escrito o Livro dos Cinco Anéis que constitui uma obra de referência do pensamento unificador de todos os que desejem aprofundar o auto-conhecimento através da sabedoria oriental.

Miana Musahi irá reinterpretar essa orientação através de uma síntese estilizada do teatro Nô onde arte do "despir" será enfatizada com a execução de movimentos sensuais e canalizadores da aura erótica, sofisticada e extra-sexual da nação secular dos Samurais. Ela mesma descendente de um Clã Feudal do período Edo, pratica as exigentes disciplinas do Iaido e do arco Japonês, Kiaido, como forma de concentração estética e instrumentalização catalisadorora do esplendor físico.



- REPRESENTAÇÃO -

"História de Ó"

Ó é nome de mulher: aì, logo a sua primeira contradição, o primeiro equívoco, o eterno toque de insólito, o difuso incenso de irrealidade. Ou talvez o contrário disso tudo: demasiado verdadeira e profunda para poder deixar de abalar, até ao paradoxismo, o mundo de liberdades ambíguas em que vivemos, onde o aceitar - que nem mesmo, o confessar! - do "ser animal" em toda a sua dimensão, "tem" de tornar-se "justa e soberanamente" reprimível! Pela moral e bons costumes das nossas "sagradas famílias"...

Quando em 1956 os escritos e Pauline Rèage se tornaram públicos o próprio autor não teve a coragem de os assinar.

A sua versão cinematográfica de 1975, apenas tornada realidade por a máquina americana ter transformado o livro num "best-seller", não foi mais do que um produto dessa indústria do celulóide que lhe deu o titulo "Emmanuelle".

Mas a importância da "História de Ó" - ainda que muito afastada da extensão das obras mais celebres de Sade (menos humanizadas, mas mais politicas) -  não é comercializável tanto quanto se queira!


Procurando despertar as secreções, inundadas de obscuras fermonas, do Erotismo de Sade iremos apresentar uma reinterpretação ao vivo de uma das passagens da "História de Ó" onde os actores irão consumar os actos mais perversos, obscenos e provocantes mas também sublimes, inconfessáveis e desejados pela maioria de nós.





- TRANSFORMISMO - 


"A lvz de Hyle"


A figura do homem que interpreta uma mulher perde-se na linha do tempo tal como outras artes da sedução e do prazer adulto.

Hyle é uma heroína da Banda Desenhada de Marco Patrito mas também uma guerreira que nunca conheceu os encantos do sexo. Por si só o paradigma da condição feminina em que o corpo moldado para despertar as atenções dos falos masculinos se recusa a receber o seu "leite marginal" e o limite da excitação fisica que só as fêmeas podem ambicionar e degustar.

Luz, ficção e viagens extraplanetárias, que poderiam muito bem ser orquestradas por Duran Duran em "Barbarella", são o imaginário com que Hyle irá espalhar sedução e fixação usando o poder dos contrários que amplia e exibe sem barreiras a força magnetizadora da mulher, neste caso, pelo talento de um homem.


 - MÚSICA AO VIVO/ CONCERTO -

A música como elemento de aglutinação das pessoas, veículo libertador e amplificador de emoções será um denominador permanente dos eventos assim como a exposição de obras de arte de conotação mais ou menos erótica, representação de passagens de literatura erótica, visionamento de filmes e todo um conjunto de iniciativas que terão por objectivo proporcionar uma agradável noite de convívio, entretenimento e partilha cujo grau de intimidade será da responsabilidade dos participantes.

A atmosfera musical dos XN é uma singela e complexa teia de influências onde a textura portuguesa se pode assinalar como vinco incontornável. Originalmente os músicos reuniam-se em estúdio apenas para seu mero prazer não havendo ambições discográficas de nota.

Actualmente com o primeiro álbum em finalização venceram a sua contenção inicial tendo vindo a desenvolver diversos concertos de cariz intimista onde são calorosamente recebidos. Emerge assim um agrupamento que reúne já uma assinalável maré de fiéis seguidores bem ao estilo dos grandes criadores e intérpretes de culto.

Abrimos deste modo um precedente que pretende apoiar a iniciativa e talento de bandas e músicos portugueses independentemente da sua origem, opção estética ou temática e ainda da língua escolhida para a sua expressão musical.

Deixem-se envolver pelo "Blue Velvet" destes magníficos encapuçados que tal como a maioria dos artistas nacionais desenvolve a sua magia no anonimato marginal do panorama cultural em Portugal.



O CONCEITO SPEKTRE

Sedução, Profundidade, Entrega, Konsumação, Tentação, Realização e Erotismo


A SPECTRE teve o seu primeiro aparecimento no romance de Ian FlemingThunderball, de 1961. No cinema, a palavra surgiu apenas no primeiro filme da série 007, Dr. No (1962) onde o vilão apresenta ao agente de sua majestade (Sean Conery) a organização que lidera.
A sua ultima aparição nos filmes (oficiais) de James Bond foi em “
Diamonds Are Forever” (1971) onde James Bond esmaga o veículo onde se encontrava Blofed contra uma torre. Uma década depois, em “For Your Eyes Only” resurge uma personagem que dá indícios de ser claramente Blofeld, tentando matar Bond controlando remotamente o seu helicóptero. Em “Never Say Never Again” a SPECTRE e Blofeld regressam para extorquir dinheiro aos EUA e outras nações. O futuro da SPECTRE e de Blofeld fica entretanto indefinido. Nos finais dos anos 90 SPECTRE e Blofeld iriam regressar novamente aos cinemas num 2º remake de Thunderball, num filme com o título Warhead 2000 A.D. mas a justiça americana não permitiu a McClory e á Sony Pictures a execução do seu projecto.

O nome original dessa organização criminosa, imaginada por Ian Fleming, tinha então o seguinte significado; 
SPECTRE - Special Executive for Counter-intelligence, Terrorism, Revenge and Extortion.

A natureza subterrânea, marginal e desalinhada desta organização inspirou um conceito de convívio desenhado para servir os desejos daqueles que se revêem e procuram formas alternativas, em ambiente de grande descrição, de convivência e libertação erótica.

Assumindo essa orientação como o nosso principal objectivo iremos conceber, desenhar e produzir eventos sob o estandarte SPEKTRE – 
Sedução, Profundidade, Entrega, Konsumação, Tentação, Realização e Erotismo, inteiramente direccionados para um publico informado, adulto e responsável que encara a vivência de novas experiências como uma forma de ampliação pessoal e bem-estar espiritual.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

ORIGEM


A exploração de universos subversivos, socialmente marginalizados e alheios à ordem vigente são conscientemente o nosso maior desígnio. De certo modo trata-se do ensaio da criação de algo que muito embora não seja passível de ser classificado como criminoso reflecte uma forma de estar pouco aceite pelo modelo de sociedade dominante.


Nesse sentido, e tendo em conta a forte carga erótica do mítico Vilão do primeiro file da série James Bond, Dr. No, bem como de todos os filmes subsequentes, centralizamos a nossa orientação estética tendo por referência a magia da 7.ª Arte, da Literatura e da Banda Desenhada subvertendo e ampliando aquilo que se tornou um ícone do género.



Não pretendemos apenas estimular a convivência dos frequentadores e seguidores destes encontros, acontecimentos e manifestações de natureza erótica, quer se inscrevam no domínio Swing, Gay, Hetero ou Bisexual, Dominação etc., mas sim expor abertamente formas e formatos de expressão enquadradas sob um tecto de ampla animação e fundados num ideal de harmonia e excelência.



Ambicionamos a criação de um grupo restrito de vontades orientadas para as temáticas do Erotismo, com determinação, paixão e cultura, mas também pela discussão de obras de arte, manifestações dramáticas contextualizadas no tema, performances transformistas intimistas, streep e outros acontecimentos complementares do conceito subjacente á SPEKTRE.



Poderão estabelecer um paralelismo com as discussões de alcance mais ou menos temática habitualmente conhecidas como tertúlias embora aqui se pretenda a conjugação de uma interligação física através do veículo corpo e ainda a oferta de um tipo de entretenimento nocturno e cultural.




EVENTOS SPEKTRE


Os eventos SPEKTRE iniciam-se com o jantar uma vez que acreditamos ser esse o modelo mais conveniente ao estabelecimento de ligações inter-pessoais onde possa emergir uma estreita cumplicidade e durante os quais haverão momentos de intensidade e serenidade espaçados entre as etapas da refeição.

Uma vez terminado o jantar é aberto o bar e criado um momento de maior intimidade entre os convidados que serão acompanhados pelos agentes da SPEKTRE, designados Espektros, com o objectivo de se estabelecer uma maior aglutinação de todos e assim evitar o conhecido efeito de “órfão”.

Por fim dois a três espectáculos serão o mote para a libertação da sensualidade e da entrega havendo uma selectiva escolha musical, ambiente e logística com a firme intenção de intensificar a vivência erótica não a reduzindo á mera banalidade sexual.

É nossa vontade que encontrem na nossa companhia um santuário de veneração ao Amor Erótico e que com a vossa presença honrem a coragem libertadora daqueles que sabem assumir os seus desejos e os mecanismos da sedução, de receber e dar e, no fundo, alcançar um patamar de entendimento pessoal e colectivo mais completo.

 A todos os interessados estendemos o nosso contacto e a nossa inteira disposição via
speckre.stx@gmail.com

Aguardamos a vossa iniciativa que será posteriormente acompanhada por um breve encontro caso não estejam familiarizados com algum dos Espektros SPEKTRE.

Ps: os eventos encontram-se limitados a 69 pessoas em virtude se ser essa, a nosso ver, a dimensão adequada à envolvencia de todos.



HEXA-ESPEKTROS

Dr. Jvlius No
dr.jvlius.no@gmail.com
(Meta-Espectro)


O seu carácter excêntrico e o interesse pelos domínios do marginal, obscuro e metafisico da matéria conduziram ao acidente que lhe deformou ambas as mãos consumidadas pela radição proveniente de um acidente laboratorial. 



Todavia embora limitado pelo incidente, que lhe ampliou características da intimidade sexual, Dr. Jvlius No manteve a firme intenção de conduzir a  SPECTRE ao encontro de novos paradigmas da sensualidade e do erotismo através do estímulo cerebral das suas cobaias laboratoriais. 

A selecção de Agentes solidamente especializados e motivados, em paralelo com a troca de experiências intimas, cúmplices e inseridas em dinâmicas da fantasia, conduziu os acontecimentos pessoais de Jvlius No a um entendimento mais abrangente e profundo da vivência liberal, da sua orientação sexual e dos horizontes da criatividade e da perversidade. 

A sua liderança e ideologia deram forma a um mentor implacável e incomplacente que conduz a SPECTRE ao estabelecimento de metas cada vez mais arrojadas na prossecução de sofisticados fetiches, deleites colectivos e momentos individuais de profundidade intima.


Morgana Spectre
(Meta-Espectro)




Os seus atributos mágicos envolveram Jvlius No,  um empenhado discípulo dos cultos pagãos da antiga ibéria, num robe de fecunda gestação onde recebeu a aura de Juno Ulisses Maximus. Esse evento lunar salvou-lhe a vida e obliterou o seu entendimento cientifico.


A crença de ambos numa vivência multi-dimensional aproximou e selou a sua união o que conduziu finalmente á origem do Spectre. É a sua supra-concubina e o útero das meta-crias de quartzo com as quais ambicionam controlar o mundo com espasmos hexa-corporais  e alcançar o Grall da libertação sensual e da evolução penta-sexual.

Morgana Spectre possui ainda poderosas células extra sensoriais que lhe permitem monitorizar constantemente os diferentes Espectros com as suas neblinas energizadas de um perfume de jasmim lápis-lazúli.

Sensível ao microcosmos das alterações nos humores atmosféricos desfere fluxos de plasma sobre o neo-cortex de todos aqueles que ousam impedir os desígnios libidinosos e subterrâneos da Organização.

Manipula o nível límbico dos cérebros das suas vítimas para as conduzir ao colapso mediante a administração de prazer extremo até se encontrarem num estado de semi-coma inconsciente onde podem observar o futuro do Mundo após a conquista determinada do ventre onde se armazenam os óvulos de vitro-quartzo.

Após um primeiro contacto dificilmente se pode evitar a fuga dos feitiços e mantras tentaculares de Morgana Spectre á qual até o tempo e as distâncias se submetem.





Ursula Spectre

ursvla.spektre@gmail.com
(Meta-Espectro)



Nascida num ambiente de desolução e caos esta heroína da reunião carnal cedo aprendeu os mistérios dos mecanismos orgânicos que conduzem ao surgimento da vida. Sedenta de momentos preenchidos com intensidade sexual e entrega voluptuosa usa os seus poderes curativos para se aproximar das fêmeas e casais que deseja possuir e que a recebem como uma benção. 



Entra frequentemente em festins e banquetes onde Dionísio e seus Sátiros  se passeiam estimulando os participantes com os seus fálicos membros e alimentando-se dos comensais.


Ao espalhar os seus sinais femininos na demanda de plenitude e união extrema Ursula Spectre demonstra uma ternura sedutora mas mortal.


Como conselheira destacada da organização estabelece um elo de grande proximidade com Jvlius No e monitoriza permanente a sua débil condição física
mediante a administração de potentes fármacos desenhados e concebidos pelo seu génio farmacológico e medicinal.


Demonstra qualidades artísticas muito apuradas e nesse contexto contribui para o requinte e originalidade dos eventos SPECTRE.


Quando se interessa por alguém aproxima-se e lança as suas hormonas de tentáculos sobre o alvo imobilizado pelo seu olhar penetrante e sem misericórdia aplica doses incessantes e galopantes de prazer com o qual as suas vitimas se contorcem acabando por sucumbir em êxtase.


A segurança enganadora que transmite é o seu maior trunfo. Se a sua visão oblíqua se abater sobre vós estareis sentenciados.




Phabyola Spektre
(Hexa-Espektro)



Animal nocturno por excelência Phabyola Spektre percorre os caminhos subterrâneos da noite para se alimentar das suas presas e proteger os seus domínios lunares. Num dos seus habituais “raids” precipita-se sobre Jvlius No que acabara de receber a marca Venusiana na clausura de um Mosteiro Tibetano rebelde á causa budista convencional, sob a forma de uma esfera espectral de vibrante lvz púrpura, como símbolo de protecção, inteligência e poder supremo, com o intuito de o submeter aos seus impulsos e desejos de felina dominante mas acaba por ser travada pelas recentes capacidades do Dr. No. 

Ambos se tornaram convictamente fiéis cúmplices com o objectivo de atingir os objectivos mais determinantes do SPEKTRE. Jvlius No revela-lhe a sua visão de um Mundo Meta-Sexual onde Phabyola Spektre se revê plenamente passando a ser um dos Hexa-Espektros mais influentes da organização. 

O seu sorriso, alcance emocional e aura pessoal são rapidamente absorvidos pelos restantes Espektros que vêm nas suas características poderosos instrumentos de sedução, atractividade e genuína lealdade. 

Todos se rendem aos atributos irresistíveis de Phabyola deixando-se enredar na sua teia com a qual prende os seus alvos que uma vez submetidos se deixam voluntariamente contaminar pelos fluidos Penta-Orgásmicos desta criatura nocturna que utiliza o suco das Oliveiras bravas para estimular o Neo-Cortex dos corpos abatidos das suas presas que assim retomam o sopro da vida mas que nunca regressam á sua forma final. 

Sejam diligentes e não subestimem o seu poder ou irão suportar um destino sem retorno.

Dr Z-SpeKtre
(Meta-Espectro)


Perdeu a capacidade para assumir a sua forma carnal que pereceu no acidente que deformou o Dr. Jvlius No. O mito corrente é que vela pela organização nos acontecimentos mais sensíveis e marcantes do seu desenvolvimento como um gás protector.


Envolve os eventos com uma aura amplificadora da desinibição, vivência e prazer liberal como uma substância dopante.


A sua presença é sentida como o era a do Panteão dos Deuzes Gregos e Romanos durante os longos bacanais e orgias imortalizados por escritores, historiadores e filósofos da antiguidade helénica e romana.


Alguns nunca irão sentir a sua presença mas aqueles que a sentirem ficarão para sempre reféns da sua chama carregada de fogo libertador, lâminas reluzentes e penetrantes que se submergem em torno de um falo excitado e erecto, e grosso liquido seminal em torrente abundante de aminoácidos fertilizadores.


A fuga torna-se então uma via impossível restando à vitima aceitar a sua condição de impotência perante uma força superior, invisível e meta-orgásmica.


Poderão ser os vossos últimos instantes de fôlego mas serão em absoluta folia genital.

PENSAMENTO LIVRE, Dr. Jvlius No

EROTISMO

“O conhecimento e a inteligência não são perigosos se tiverem suficiente emotividade e suficiente sexualidade para se manter em movimento” Anaïs Nin

Erotismo. A simples palavra acende os sentidos e acicata a libido humana. Analogamente somos a única raça á superfície do planeta que utiliza esse imaginário da mente para comunicar um estado de latência íntima e sexual. 

O cérebro humano encontra-se estratificado em 3 níveis distintos, interdependentes mas em situações pontuais independentes. O cérebro reptíleano, o límbico e o neo-córtex. O primeiro acciona os movimentos instintivos e totalmente mecanizados, o segundo processa as emoções e o final as decisões e orientações racionais. Se estabelecermos uma ponte com a dimensão erótica do inter-relacionamento que se estabelece entre os indivíduos, sempre que se colocam nesse plano, pode-se criar um esquema invertido dessa configuração cerebral dado que a consequência limite desse patamar emotivo seria o sexo onde o primeiro cérebro se evidencia perante os restantes. A abrangência, alcance e poder do erotismo é linearmente impossível de conter. Por essa razão ele domina sobre muitas práticas e actividades humanas, quer como ícone de produtos comerciais, catapulta e modelo de sucesso (veja-se a profusa utilização de atletas, pelas marcas de topo, em clara evidência sexual), estímulo dos limites físicos e do instinto de combatividade (utilização de animadoras generosamente semi-desnudadas nas claques desportivas) e, entre muitos outros exemplos, associação de belas mulheres nas vendas de bens largamente adquiridos por homens (Veículos motorizados, cigarros, perfumes, acessórios de moda, ourivesaria, etc.). 

Mas se somos continuamente puxados, pressionados e empurrados pelos mecanismos do erotismo é perturbador ver que no essencial somos profundamente desinformados em relação ao tema. E não será apenas pelo teor ostensivamente sexual das imagens e apelos da informação que nos rodeia. 

O centro desse fenómeno tão generalizado reside nas lacunas culturais, educacionais e interpessoais que condicionam e reduzem a fruição equilibrada e profícua do erotismo. A limitação e parcialidade com que se debate o assunto cria constantemente uma redundância que reduz e empobrece o seu alcance e beleza. A arte no entanto parece ter-se distanciado desse lugar-comum que submete e quase anula o erotismo, ou seja o sexo. 

Na generalidade a pintura, a escultura, o design, o ensaio, filme, livro ou manifestação de teor artístico, reconhecida como tal, recorrem constantemente ao Erotismo desde que foi concebido esse canal de comunicação que é a Arte. Picasso, Dali, Man Ray, Miguel Ângelo, Leonardo Da Vinci, Botticeli, mencionando apenas alguns dos génios criadores que conhecemos, representaram amplamente os seus universos recheando-os de tons, texturas e odores que nos embriagam o cérebro transportando-nos para um palco de liberdade e limite onde todos os desejos e fantasias podem alcançar uma consequente realidade. 

Neste ponto deve-se ressalvar que quando me refiro á Arte penso na Boa Arte e seguindo a mesma ideia de distinção coloco igualmente o Erotismo. A Boa Arte tem na sua origem o talento, a originalidade, a capacidade de transfigurar o real, de o dissecar com as emoções para o representar como alternativa á rotina habitual que são as imagens, reflexos e registos desse real. O Bom Erotismo evidencia igualmente os mesmos fundamentos destacando-se claramente da pornografia, da provocação gratuita e dos caminhos fáceis onde emerge o sexo efémero, limitador e dormente. 

Seguindo estas ideias simples, com abertura, objectividade, respeito e sentido de oportunidade, pretende-se que este espaço dê berço á publicação e partilha de informações de natureza erótica implícita e explicita apelando á participação de todos aqueles que se revêem numa ideia universal, diferenciada, transparente e solidamente construída do Erotismo. 

J.N.

CELEBRAÇÃO

A Lua se cale,
A Terra encerre,
A vontade se anule,
O corpo se transforme.

Os dedos olham-se,
Os membros despertam,
Os peitos inflamam-se,
As mentes tocam-se.

Um leito emerge,
Os corpos iluminam-se,
Fluidos de luzes dançam,
Sela-se a união.

A eternidade revela-se,
Abraçam-se as mãos,
Cessam as vozes,
Adormecemos.

M5B
Jan., 2011
(homenagem á alvorada da paixão)


O DIVINO

A figura do divino ocupa uma presença objectiva na consciência de todos. Ela representa uma ideia não de uma entidade superior e subjacente á “Criação” mas sim de um estado específico onde o prazer ocupa uma nova interpretação dimensional. Esse limite, ou horizonte, da percepção, revela um espaço e um tempo onde todas as possibilidades se ampliam e podem realizar.

Mas tal como um musculo necessita de um esforço constante para se desenvolver e aumentar a sua capacidade para exercer a sua função o cérebro exige do seu utilizador o mesmo investimento. Alimentar um cérebro não é todavia o mesmo que aumentar o poder de um músculo. O cérebro não é, no essencial, um órgão mecânico. A sua tecnologia utiliza a electricidade e os fluidos cerebrais para o transporte e processamento da informação através de elementos físicos que servem de suporte às inúmeras solicitações.
Esta poderosa capacidade fisiológica não seria por si só eficiente no cumprimento da sua missão se omitíssemos a informação que esse órgão retém. Existe inclusive uma inter-relação entre o volume de informação que um cérebro pode reter e o seu poder. São conhecidos os magníficos feitos de alguns dos maiores cérebros mamíferos que com a sua contribuição promoveram o progresso da raça humana e em consequência disso, o seu domínio sobre as outras formas de vida que habitam o planeta.

Einstein, Aristóteles, Sócrates, Confúcio, Mozart, Almada Negreiros, Madame Curie, Copler, Galileu, Leonardo Da Vinci, Fernando Pessoa, entre muitos outros, trouxeram assombro, progresso e visão em direcção a um futuro que imaginavam mas que era inacessível ao resto das pessoas por não terem o “músculo” necessário para chegarem até ele. E tudo isto apenas com um cérebro e milhões dados arquivados.

Sem informação, sem um interesse e curiosidade naturais, sem direcção, sem empenho e finalmente sem coragem dificilmente teríamos deixado o “conforto” das árvores e conquistado a supremacia da Terra.

O entendimento liberal do relacionamento entre pessoas tem exactamente o mesmo processo evolutivo que desde o momento da gestação confere uma forma, uma orientação e um resultado final que em conjugação permite criar a percepção e o prazer, ou não, animando o interesse dos seus seguidores fiel á medida do seu nível intelectual.

Facilmente se observa essa circunstância se nos movermos através dos meios onde se reúnem os praticantes do Swing. O contexto actual do Swing fornece uma clara visão desta ideia porque apresenta em muitos casos o paradigma da desigualdade, da falta de informação contextual e da falsa orientação sexual. Em muitos casais o Swing torna-se não uma plataforma de equilíbrio onde se promove e reforça a união entre homem e mulher mas sim uma mescla de interesses, por vezes opostos, em que o homem pode ter outras mulheres com o consentimento da sua esposa e a mulher salvar uma relação cujos alicerces se desvaneceram.

Outras ideias subjacentes passam pela obtenção de prazer meramente físico, fugaz e momentâneo sem nenhuma direcção, princípio original ou reflexo evidente no crescimento individual e colectivo. Sexo, tal como a analogia entre o músculo e o cérebro pode ser obtido e mesmo adquirido com esforço nesse caso financeiro e dessa forma percepcionado como um músculo sente uma carga, mas erotismo e sensualidade são uma dimensão do divino que todos nós transportamos mas que nem todos alcançamos.

Raramente encontro pessoas despertas para esta clara ideia que é o contributo da inteligência, dos mecanismos cerebrais e da informação na realidade da vida íntima embora pensem compreender os seus desejos e fantasias. Observo que o princípio que move a maioria dos frequentadores dos Clubes Eróticos, cujo crescimento tem vindo a subir como suporte aos novos interesses e orientações da “modernidade”, se baseia num ideal de juventude, de obtenção de sensações vibrantes e atenções corporais de terceiros e de desconhecidos perante os quais nutrem atracção física.

Se retirarmos a juventude, a beleza que esse estado naturalmente projecta e colocarmos o efeito da idade dentro da fórmula, pressionarmos o botão da máquina do tempo, e colocarmos as mesmas pessoas nos mesmos clubes e nas mesmas parcelas de espaço-tempo seria interessante observar os resultados.

Objectivamente a sensualidade e o erotismo não se submete ao banal da pornografia, nem ao recente facilitismo dos encontros casuais, porque o seu entendimento pleno passa fundamentalmente pela magia pessoal, pelo estado evolutivo do homem e, ou, da mulher, de ambos, ou de um grupo de pessoas unidas pela cumplicidade e pela inteligência que os define, aproxima e promove mediante a sua projecção divina, afastando-os das limitações do decaimento físico, dos efeitos da idade e da beleza convencional imposta pelas convenções sociais.

J.N.


Tesão

Fico disforme,
Fico baço, escarlate,
Firme virtude,
Disposto como o aço,

Fruto flexível, maduro!
Estação tempestuosa, catapulta,
Caminho sem torno,
Chave-mestra, perdição,

Fermento no espaço,
Solfejo no vazio,
Encaro e refaço,
Sem freio desafio,

Canto odes, ameaço,
Não desisto, arrepio,
Jorro suores, calafrio,
Perco o norte, esvazio.

M5B
2010-08-02

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Dominvs

Pego-te de caras,
Pego-te de lado,
Seguro em ti docemente,
Retiro-te o chão,

Agito-te, arrasto,
Belisco e verdasco,
Deslizo no teu ventre,
Indecente alimento-me,

Viro-te a meia-lua,
Esgrimo convicto e estóico,
Danço a lâmina com que te domino,
Lavo-te num caldo amigo,

Dás-me sais fervidos,
Gritas os olhos fendidos,
Dás-me as pernas abertas,
Chamas-me o teu castigo.

M5B